A acerola, também conhecida como cereja-das-Antilhas, cientificamente Malpighia emarginata ou Malpighia glabra, é uma fruta originária das Antilhas, América Central e América do sul. Em termos de tamanho, assemelha-se muito à cereja, e pode se apresentar nas cores vermelha ou amarela, com interior amarelado e subdividido em três sementes de sabor amargo característico.
No Brasil, foi, inicialmente, introduzida no estado de Pernambuco pela Universidade Federal Rural de Pernambuco em 1955, por meio de sementes oriundas de Porto Rico, espalhando-se, a partir de então, para o Nordeste e outras regiões do país, onde se adaptou perfeitamente.
Existem diversas espécies de acerolas, porém as mais plantadas no Brasil são: cabocla, cereja, apodi, frutacor, olivier, roxinha e rubra. É uma fruta típica de regiões tropicais e subtropicais, pois necessita muito dos raios solares no seu processo de vida.
O cultivo de acerola teve um forte crescimento a partir do final do século XX, e seu consumo se popularizou rapidamente, sendo hoje uma importante cultura da Região Nordeste do Brasil, que é a maior produtora de acerolas do país. A agroindústria utiliza a fruta para a produção de sucos, polpa congelada e outros produtos alimentícios.
A acerola proporciona vários benefícios. Além de flavonóides, vitaminas A, B1 e B6 ela também apresenta minerais como fósforo, ferro, potássio, magnésio e cálcio. Mas seus componentes benéficos não param por aí. A acerola é a fruta que apresenta o maior teor de vitamina C (ácido ascórbico). Algumas variedades desta fruta alcançam até 5.000 mg de vitamina C por 100 g de polpa. Ainda dentro das estatísticas, a acerola possui 100 vezes mais vitamina C do que o limão, 25 vezes mais que a laranja e 20 vezes mais do que a goiaba e 10 vezes mais do que o caju ou a amora.
A vitamina C é uma das principais contribuintes para o fortalecimento do sistema imunológico, ajudando ainda na melhor absorção de Ferro pelo organismo. A porção dessa vitamina se torna ainda maior quando o fruto está em fase mais avançada de amadurecimento.
A vitamina C da acerola auxilia também na síntese de Colágeno, excelente agente para reduzir estrias, celulites e flacidez. O colégeno traz benefícios para a elasticidade da pele, e fortalece os ossos e dentes. A acerola também é reconhecida como conveniente para a proteção da pele, quando esta está exposta ao sol, além de retardas os efeitos causados pelo envelhecimento.
A acerola é rica em substâncias antioxidantes como o carotenoide (substância responsável pela cor vermelha da fruta) e os flavonoides, que juntos agem contra a ação dos radicais livres, auxilia na prevenção do envelhecimento precoce das células. Seu efeito terapêutico é comprovado pela presença de antocianinas e carotenoides, como nos mamões, goiabas e tomates. Eles são importantes para proteger contra a ação de células cancerígenas, e que podem resultar na formação de tumores.
A acerola apresenta também propriedade hipotensora, pois contém uma quantidade elevada de potássio, que ajuda na regulação da circulação sanguínea e, portanto, reduz a pressão arterial. Ela contém vitamina A, que protege córnea, além de reduzir os impactos causados pela luz externa, que oferece incômodo a muitas pessoas que lidam com sensibilidade à luminosidade.